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Para comemorar o Centenário da República, a Turma do 6º ano, Turma G, acompanhada da sua Directora de Turma, Luísa Barbosa e do professor Pedro Melo, visitaram a Biblioteca Municipal de Santarém, no âmbito das actividades do Projecto Curricular de Turma, relacionadas com o Centenário da República. Fomos guiadas Ana Castelo e a Susana Duarte as quais se notava gostarem muito de dar a conhecer aquele local e que conseguiram, com grande sensibilidade, captar a atenção e motivar os alunos. Os alunos adoraram a visita e a representante de Pais e Encarregados de Educação, Teresa Rufino, que nos acompanhou, mostrou-se muito agradada e atenta.
Aprendeu-se que o proprietário de dessa Casa/Palácio tinha sido Anselmo Braamcamp Freire, um importante republicano, que foi Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, em 1908 e Presidente da Assembleia Constituinte de 1911, a primeira Assembleia eleita depois da implantação da República Portuguesa, em 5 de Outubro de 1910, que agora comemoramos os Cem Anos.
Vejamos a sua História:
"A Biblioteca Municipal de Santarém foi inaugurada dia 13 de Junho de 1880 na presença do Presidente da Câmara, Paulino da Cunha e Silva, do Governador Civil, Júlio Lourenço Pinto e da Comissão Popular composta por ilustres da cidade. A Biblioteca, que abriu ao público em 23 de Setembro de 1880, possuía, em 31 de Dezembro, 835 títulos num total de 1539 volumes, sendo o número de leitores 54. Florentino José Rodrigues foi o seu primeiro bibliotecário cargo que exerceu até falecer em Outubro de 1891.
Com a Implantação da República, também a Biblioteca Camões foi alvo de reestruturação.
Em Dezembro de 1913, o bibliotecário José Pedroso solicitou a exoneração do seu cargo. Em sua substituição foi nomeado, a 13 de Janeiro de 1914, Laurentino Veríssimo. A Biblioteca retomou um novo fôlego aumentando o número de títulos em parte devido às doações obtidas pelo bibliotecário. Também o número de leitores aumentou significativamente. (...) A 5 de Outubro de 1923, foi aí distribuído um bodo aos pobres a fim de comemorar o 13.º aniversário da proclamação da República.(...) Com a morte de Anselmo Braamcamp Freire, em 1921, a cidade recebeu um importante legado que, para além do palacete de família, incluía livros, manuscritos e obras de arte. O facto do testamento do benemérito permitir a integração da Biblioteca Municipal levou à sua transferência entre Janeiro e 14 de Abril de 1926 para o palacete Braamcamp. Nesse período, a Biblioteca Camões contava com 14 992 volumes e tinha 3155 leitores. (...)
Actualmente, nesta casa, funciona a Biblioteca Municipal de Santarém e está igualmente aberto ao público o espaço da Casa-Museu Anselmo Braamcamp Freire, tratando-se de espaços fisicamente distintos.
LIVRARIA DE ANSELMO BRAAMCAMP FREIRE. A livraria de Anselmo Braamcamp Freire é composta por cerca de 10 000 volumes de grande riqueza histórica e cultural. (...)
BIBLIOTECA CAMÕES. O fundo desta biblioteca é constituído por cerca de 10 000 volumes doados por personalidades da cidade como Laurentino Veríssimo, cónego Duarte Dias, Manuel António das Neves e Ernestino Paiva Sá Nogueira entre outros.
Fonte: Biblioteca Municipal de Santarém